Por Dra. Luciana Deschamps ![]() Ao introduzir um novo animal em casa, principalmente se o gato for único e nunca tiver convivido com outro, tome alguns cuidados para que essa decisão não se torne um transtorno. O felino, quando é único numa casa, sente que todo o espaço pertence a ele. Acaba escolhendo seus lugares favoritos, deixando claro suas preferências. Assim sendo, é necessário, em primeiro lugar, preparar seu gato para uma nova vida, para uma mudança. Antes de levar um novo gato para casa, procure manipular alguns florais que possam ser usados na água por, no mínimo, dez dias antes da chegada do novo morador. Poderia citar diversos florais, mas, para isso, seria necessário ter algumas informações a respeito da personalidade, comportamento e rotina do animal. Muitas vezes, nos primeiros dias, é melhor deixar o gato que acabou de chegar num cômodo ao qual o outro gato não tenha acesso. Prepare esse ambiente com carinho, para que o novo gato se sinta seguro e aconchegado. É claro que o antigo morador fará plantão na porta desse local! Mas, irá sentindo o cheiro, ficando curioso e, quem sabe, se acostumando com a ideia... O tempo felino, às vezes, é longo e requer paciência. Tem gatos que conseguem se adaptar, num período menor, a novas situações; outros precisam de mais tempo e temos que respeitar isso. Evite ficar “paparicando” o novo morador na frente do antigo, até que ele já esteja admitindo a presença do outro. ![]() Existe, também, empatia entre os gatos. Pode acontecer que eles convivam diplomaticamente, sem muita aproximação – ou ainda, que se apaixonem e estejam sempre juntos, ou, bem menos freqüente, que um ignore o outro, ou até chegarem a brigar. Todas essas questões levantadas vão depender da casa, do ambiente, das pessoas, da rotina e da quantidade de animais que residem na casa. O gato se sente inseguro, e, às vezes, desde filhote, mesmo com todas as manifestações de afeto do seu “dono”, demonstra insegurança, como, por exemplo, resultado de uma separação precoce da mãe. Alguns gatos podem desenvolver a insegurança por mudanças na sua rotina. Por exemplo, seu “dono” passou a estar menos presente, tem saído muito, sem dia e hora certa para voltar, tem recebido visitas constantemente, um (a) novo (a) namorado(a), uma casa nova, etc. Logo se percebe que o gato não para de segui-lo (a), fica tentando chamar a atenção sobre si o tempo inteiro. Para esse comportamento, pode-se usar música específica para gatos, um floral borrifado no ambiente ou na pele do animal e, ainda, alguns florais por via oral. Os felinos, apesar de muito “independentes”, são muito sensíveis, precisam e querem – apesar de muitas vezes parecer o contrário – de todo o carinho e atenção do mundo. Os felinos, como todos os seres vivos, podem sentir medo. Existem dois tipos de medos: os conhecidos e os desconhecidos. Falando do medo conhecido, queremos dizer que eles conhecem aquela situação, mas sentem medo, independente disso. Por exemplo, medo do aspirador de pó, do secador de cabelo, do interfone, de barulhos em geral que escutam na rotina. Mesmo estando acostumados a esses sons, sabendo que nada vai acontecer, que esses ruídos não provocam dor, ainda assim, demonstram, claramente, seus medos. O medo da caixa de transporte é muito comum, pois, seu registro, normalmente, o remete a idas a locais que não são os de sua preferência: banhos, vacinas, exames em geral, consultas, entre outros. Quando o gato voltar para casa, após o uso da caixa, não esqueça de passar um pano úmido dentro e fora dela, para eliminar odores que não sejam agradáveis a ele. Temos, também, os medos desconhecidos, em que o gato entra em pânico, fica com a cauda e orelhas baixas, corpo encolhido, respiração ofegante, ansiedade, micção, e não sabemos o motivo... Então, tanto para os medos conhecidos como para os desconhecidos, os florais podem ser bons aliados, funcionando muito bem, e até serem usados por longos períodos. Tanto para o ciúme, como para insegurança e medo, os gatos podem protestar de várias maneiras: vocalizando, destruindo alguma coisa para chamar a atenção, eliminando fezes e urinas em locais da casa não apropriados, etc. Para todos esses distúrbios de comportamento, existem tratamentos específicos, que oferecem bons resultados. Jamais repreenda ou tenha qualquer atitude agressiva com seu gato, pois este não é o caminho. Vale lembrar que, qualquer alteração de comportamento requer cuidados, até porque muitos animais podem vir a adoecer se não forem tratados convenientemente. Dra. Luciana Deschamps, especializada em medicina felina e comportamento. Titular da Clínica Veterinária Sr. Gato - www.clinicasrgato.com.br presidente da Ong FELBRAS – Felinos do Brasil. Gatos: Napoleão e Bóris de Carolina Kato. (Artigo retirado do site www.revistapulodogato.com.br) |
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domingo, 24 de junho de 2012
Como adaptar dois gatos na mesma casa??? - Comportamento Felino
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